Maria da Conceição Moreira Salles

A criação do grande modelo de biblioteca pública no país é mérito de Maria da Conceição Moreira Salles. Sempre disposta a experimentar novos projetos, criou e implementou uma referência inovadora do que deve ser feito em bibliotecas públicos, que serviu de exemplo para o Brasil inteiro, segundo Ana Maria da Costa Souza, pesquisadora.

Maria da Conceição Moreira Salles. Foto: CBpress

Ela via algo dinâmico, vivo e queria que quem trabalhasse na BDB enxergasse da mesma forma. (Anna Paula Ayres Seabra, ex-promotora e divulgadora cultural da BDB)

Entre os projetos mais memoráveis estão o “Quinta Sonora”, uma agenda de concertos musicais didáticos, o “Tira Dúvidas”, que colocou professores voluntários à disposição para retirar qualquer dúvida de quem estuda na biblioteca e o “Tele Idoso”, que levava obras aos mais velhos em situação de dificuldade de locomoção.

A Conceição foi das pessoas mais generosas, mais sincronizadas com as necessidades de Brasília. A maior qualidade dela era ser amiga dos amigos e amiga dos amigos dos amigos, tamanha era sua generosidade. O que ela fez para a promoção da cultura, a assistência que ela oferecia aos estudantes, aos artistas da cidade, isso a gente nunca pode esquecer. (Dad Squarisi, editora de Opinião do Correio Braziliense e amiga pessoal de Conceição)

Conceição sempre teve uma visão totalmente diferente de biblioteca. A biblioteca demonstrativa tem sua projeção nacional por causa do seu esforço em fazer sempre o melhor, com dedicação e qualidade.

Nenhuma pessoa teve a coragem e a determinação para transformar o ideal de bibliotecas como ela. A Conceição era a alma e um pedaço importante da história de Brasília. Ela atuava em todos os pontos da cultura e transformou aquele espaço em algo muito além de uma biblioteca. (Henrique Gougon , artista plástico)

Em um ambiente que respirava saber, Maria da Conceição foi conhecendo artistas, intelectuais e professores, conquistando reconhecimento, confiança e amizade.

Ela moldou a forma como os bibliotecários do país hoje encaram o ofício. Conceição, com seu viés de animadora cultural, tornou a biblioteca um espaço em que a comunidade não tem receio de entrar, usar e se integrar. Ela ainda foi uma figura ímpar como ser humano, sempre disposta a transformar seu espaço de trabalho em um local de vivência. Conceição representa o que há de melhor na cidadania de Brasília. (Antônio Miranda, escritor, poeta e artista plástico , ex-diretor da Biblioteca Nacional de Brasília)

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